Chapada Diamantina - Ba
Antiga zona de garimpo de diamantes transformada em um dos principais destinos ecológicos do país, o Parque Nacional da Chapada Diamantina ocupa nada menos que 152 hectares de montanhas, vales, rios e cachoeiras bem no meio do Estado da Bahia. Por ali, Lençóis, a 427 quilômetros de Salvador, é de longe a cidade com melhor infra-estrutura, com pousadas e restaurantes transados. Mas é a porção mais ao sul do parque que guarda os melhores passeios e vale visitar vilas menores na região como Andaraí, Mucugê e Xique-Xique do Igatu, antigas cidades ricas por causa da exploração de ouro e diamante.
Difícil elencar os melhores passeios da Chapada. O Morro do Pai Inácio, montanha com um dos visuais mais impressionantes do parque, é certamente um deles. Outro é a Cachoeira da Fumaça, queda d´água com 340 metros de altura (a segunda maior do Brasil) que, durante a época seca, nem chega a tocar o chão – a água evapora e é dissipada pela resistência do ar. Também imperdível, a Cachoeira do Sossego é acessível por uma trilha puxada de oito quilômetros. Para relaxar da caminhada, no caminho de volta dá para descer o tobogã natural do Ribeirão do Meio. Entre abril e agosto, no Poço Encantado (lagoa com águas azuis que fica dentro de uma gruta) os raios de luz que atingem a superfície se decompõem em sete cores e projetam um show aos visitantes.
Trilhas de vários dias pela mata são outro forte da Chapada Diamantina. Ao todo são 40 catalogadas. A do Vale do Pati, a mais conhecida de todas, tem cerca de 80 quilômetros e atravessa cenários impressionantes de montanha, altiplanos, riachos e cachoeiras. Claro que a mordomia é pouca: noites dormidas no chão e banhos só de água gelada, das cachoeiras. Também famosa, a Trilha da Cachoeira da Fumaça, travessia pela Serra do Veneno, dá um privilégio aos trekkers: ver primeiro a queda d´água de cima dos 340 metros e, ao final da aventura, lá embaixo, onde fica uma pequena lagoa formada por seus respingos.
Vale lembrar que a época de chuvas da Chapada começa entre fevereiro e março e vai, mais ou menos, até outubro. Mas não desanime. O aguaceiro deixa as cachoeiras e rios muito mais fortes – e compensa a trilha enlameada. A história recente da Chapada Diamantina começou quando dois naturalistas alemães, Spix e Martius, descobriram o diamantífero no século 19. A notícia se espalhou e houve uma migração maciça de trabalhadores para a região. Lençóis, hoje com quatro mil habitantes, chegou a ser a terceira maior cidade da Bahia. A extração do diamante declinou e o turismo virou a principal atividade econômica.
Divirta-se
A trilha pelo Vale do Pati, caminho de 80 quilômetros percorrido geralmente entre quatro e seis dias, é um dos passeios mais deslumbrantes da Chapada Diamantina. Ao longo da caminhada, os andarilhos atravessam o campo aberto dos Gerais do Vieira –viveiro natural de borboletas – sobem morros como o do Castelo e visitam diferentes cachoeiras. A dica para quem abraçar a aventura é garantir um tênis bom para a trilha e não esquecer de levar uma calça leve para a noite. O resto fica a cargo da natureza.
Duas grutas são também imperdíveis: a da Pratinha e a da Torrinha. Na primeira, dá para fazer flutuação. E na da Torrinha, onde guias se oferecem para dar explicações, o destaque fica para a formação e o colorido das rochas.
No Vale do Capão, quando a noite cai, a diversão fica na praça central da vila: boteco com cerveja gelada e petiscos locais. Nas caixas de som, forró, MPB e reggae.
Fonte site viagem.br.msn.com/chapada-diamantina-brasil
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